Lançamento do livro ‘A Agulha de Marear Poveira’ de Alexis Passechnikoff – Caxinas Tv

 

O livro ‘A Agulha de Marear Poveira’ de Alexis Passechnikoff é apresentado por A. Maia dos Santos, no próximo dia 31 de maio 2023, sexta-feira, às 18h00 na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Entre livre.
Sobre o autor:

PARTICIPAÇÃO EM EXPOSIÇÕES E SIMPÓSIOS

Exposição Comemorativa do Cinquentenário da Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau. (De 5 de Junho a 1 de julho de 1984, no Museu de Marinha).

Exposição A Pesca à Linha do Bacalhau – Memória e Gesta de uma Grande Aventura Marítima. (De 13 de Junho de 1987 a 8 de julho de 1988, no Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim).

Exposição Sobre a Actividade da Pesca. (Em outubro de 1989, no Banco Português do Atlântico, de Aveiro).

Exposição Faina Maior. (De 28 de novembro de 1992 a 6 de novembro de 1995, no Museu Marítimo de Ílhavo).

Exposição de Objectos da Arte de Marear. (De 18 a 22 de março de 1996, na Biblioteca Municipal de Felgueiras).

Exposição no lançamento do livro “Achegas Para a História da Pesca do Bacalhau”, de Manuel Luís Pata. (De 7 a 19 de junho de 1997, na Biblioteca Pública Municipal da Figueira da Foz).

Exposição Comemorativa do 25º Aniversário da Loja de Espinho do B.P.A. (De 29 de Julho a 30 de agosto de 1999, na Loja de Espinho do Banco Português do Atlântico).

Exposição As Idades dos Mares – Formas e Memórias de Inspiração Marítima – Instituto do Emprego e Formação Profissional. (De 3 a 11 de julho de 1999, na Feira Internacional de Artesanato – FIA 99 – Parque das Nações – Lisboa).

Exposição As Idades do Mares – Formas e Memórias de Inspiração Marítima – Instituto do Emprego e Formação Profissional. (De 4 a 12 de dezembro de 1999, na Feira Internacional de Artesanato de Milão).

Exposição “Do Pensamento à Acção – 1955-2005”. (De 9 a 13 de maio de 2005, na Escola Secundária João Gonçalves Zarco, de Matosinhos).

XXVII Symposium of the Scientific Instrument Commission. (De 16 a 21 de setembro de 2008, no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa).

Apresentação do Abstract – The Importance of Private Collecting in Rescuing – L. Monteiro, A. Passechnikoff.

Exposição “Pedaços da Epopeia dos Dóris” – Dia Nacional do Pescador. (De 8 a 30 de maio de 2010, no Fórum de Arte e Cultura de Espinho – Face).

Exposição 250 Anos da criação da Aula Náutica do Porto. (De 19 de Abril a 30 de julho de 2012, na Reitoria da Universidade do Porto).

PUBLICAÇÕES

“A Agulha de Marear no Imaginário de Francisco Manuel Pinheiro, 1867-1946 e Eduardo Francisco Pinheiro, 1908-1978”. (Publicado no Boletim Cultural da Póvoa de Varzim, em 1990 – Vol. XXVII – N º 2).

“A Agulha de Marear no Imaginário de Francisco e Eduardo Pinheiro – 1867-1978”. (Publicado no Jornal Quinzenário Farol de Esposende de 24/09, 08/10, 22/10, 05/11, 19/11 e 03/12/1992, 07/01, 21/01, 04/02, 18/02, 11/03, 25/03, 20/05, 01/07 e 11/11/1993).

“A Agulha de Marear no Imaginário de Francisco e Eduardo Pinheiro 1867 – 1978. Comunicação de Alexis Passechnikoff ao III Congresso Gallaecia – 29-30 maio 1993 – Conselho da Guarda – Pontevedra”. (Publicada no Stella Maris – Jornal do Apostolado do Mar de julho/agosto de 1993, nº 272).

CONFERÊNCIAS

“A Agulha de Marear no Imaginário de Francisco e Eduardo Pinheiro, 1867-1978”. Proferida no Museu de Peniche, em 30 de julho de 1992.

“A Agulha de Marear no Imaginário de Francisco e Eduardo Pinheiro, 1867-1978”. Proferida no III Congreso Gallaecia – A Guarda (Galiza), em 30 de maio de 1993.

“As Agulhas de Marear Construídas na Póvoa de Varzim e Usadas na Pesca do Norte e Centro de Portugal: Obras de Francisco Manuel Pinheiro (1867-1946) e Eduardo Francisco Pinheiro (1908-1978)”. Proferida nas VI Jornadas Culturais da Gândara de Homenagem aos Homens do Mar e da Praia de Mira, em 29 de março de 2008.

Sobre a obra:
Prefácio de Maia Santos (excerto):

Foi sempre necessário muito mais imaginação para apreender a realidade do que para ignorá-la. (J. Girandoux). E o tema deste livro evoca inevitavelmente a necessária imaginação e o contributo dos Pinheiros do “Balneário Povoense”, dos banhos de água quente do mar, na construção artesanal da comummente designada agulha de marear no meio piscatório.

Francisco Manuel Pinheiro, que foi um dos seis fundadores da icónica Basílica do Sagrado Coração de Jesus, e seu filho Eduardo Francisco Pinheiro, que sucedeu ao pai no fabrico daquele instrumento de navegação, dedicavam-se na época baixa da principal ocupação dos banhos quentes, de Dezembro a Maio, à construção das pequenas caixas em madeira, ora pintadas ora envernizadas, com as bússolas no seu interior, destinadas à palamenta para orientação das embarcações do pilado e da pesca artesanal da costa noroeste, essencialmente entre o rio Minho e o rio Douro, nos anos de 1902 a 1959.

Da extensa e pormenorizada genealogia da família Pinheiro, que remonta ao início do longínquo século XVII, preenche os capítulos primeiro e segundo da obra com assentos de nascimentos, batismos, casamentos e óbitos, bem como curiosas escrituras de perdão no século XVIII por meros conflitos entre pescadores e o mestre Manuel António Pinheiro, pai de Francisco Manuel Pinheiro.

No livro de “Assentos das Lanchas e Batéis”, constam dos anuais das lanchas e batéis dos Irmãos da Irmandade de Nossa Senhora da Assunção (1778), o avô de Francisco Pinheiro, o mestre João António Pinheiro e o seu filho, o mestre João António Pinheiro o Novo. Curiosamente, e destacando o interesse gráfico da capa deste livro, apresenta desenhada uma embarcação que, ao que se afirma em ambiente da arqueologia naval – com algumas reservas – se supõe seja a representação de uma lancha poveira do século XVIII com duas velas!

O terceiro capítulo traz-nos um pouco da história da indústria dos banhos quentes poveiros – banhos quentes-salgados e doces, banhos de imersão e duches – de reconhecidas propriedades terapêuticas para problemas reumáticos e também doenças de pele, aos quais a família Pinheiro esteve ligada desde 1914 até 1973, numa casa situada na Rua dos Banhos, número 139, hoje avenida, sendo o último a encerrar a actividade dos três balneários então existentes.

E os próximos capítulos, o quarto e o quinto, são de uma extensa e abundantes curiosidades e referências que o leitor vai certamente deliciar-se a descobrir a essência da “bússola poveira”, que é outra denominação por que era conhecido este instrumento náutico noutras localidades, que toda esta história faz por certo despertar sentimentos de nostalgia a que muitos velhos poveiros serão ainda sensíveis neste primeiro quartel do século XXI.

Graças ao entusiasmo e persistência de Alexis Passechnikoff, tem o leitor em suas mãos uma obra de rara intuição que mais não é do que uma das maiores ferramentas da etnologia. Em resumo, esta obra faz parte de um derradeiro legado cultural patrimonial, aqui criteriosamente elencado pelo autor que, como refere no capítulo da conclusão: a recolha que efetuei a partir do fim da década de oitenta do século passado, calcorreando a maior parte das zonas onde essa peça teve a sua influência, permite-me garantir a quase exaustão da pesquisa e, ao mesmo tempo, afirmar que, no seu “habitat”, a agulha perdeu-se irremediavelmente. Finita est!

Deixe um comentário

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora